Fichas de papel, cartões de papel ou index cards, são uma excelente forma de manter a vista novas ideias para um produto de software. E a melhor característica delas é o espaço limitado. Hein?
Sim.
Você não vai conseguir colocar toda informação necessária na ficha. E isto é bom, pode acreditar.
Em 2003 quando eu estava estudando eXtreme Programming, ouvi uma história do Ron Jeffries sobre 3C. E desde então eu aplico e ensino isto, pelo valor que esta prática agrega no dia a dia de um projeto.
O conceito do 3C é baseado em iniciar com a escrita de uma ideia em um cartão, para que possamos lembrar. O cartão é o primeiro C. E ele leva ao próximo, gerando um “lembrete para a conversação”.
Que é o que precisamos gerar, conversas. O objetivo com isto é validar as ideias, com pessoas que podem ajudar no tópico. O melhor nestas conversas é criar exemplos que ajudem a validar a mesma. Estes exemplos acabam virando depois cenários de aceitação da história. Se é um cálculo, exemplos de cálculos. Através deste processo, criamos um “cartão executável“. E este é o nosso segundo C. Ah, um cartão normalmente possui um documento auxiliar, onde o requisito em questão é documentado seguindo os padrões que a equipe utiliza.
Estas conversas ajudam o time a identificar alguns atributos para os cartões, exemplo?
– senso de valor
– prioridade
– risco associado
– qualquer-atributo-que-o-time-consiga-ver-valor.
O terceiro C é sobre confirmação. Através das conversas com o time e clientes poderemos entender como validar o cartão e confirmar que o que temos definido é o necessário para “fazer acontecer“. E então é isto que precisamos buscar, confirmação! E dos nossos clientes! Eles irão confirmar sua ideia e ajudar a mesma a crescer.
O que mais sobre cartões?
Jessica Hagy do site Indexed, que conheci por indicação da minha irmã. Você encontra o livro da Jessica na Amazon.
O negócio é o seguinte: um cartão pode fazer muito por você. Até mesmo ajudar você a manter uma conversa com seus clientes. Tente e teste!